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Como ajudar o cérebro a tomar decisões difíceis

Tomar decisões difíceis é um desafio que todos nós temos que enfrentar algumas vezes na vida. Mas, para o nosso cérebro, essa é uma tarefa especialmente exaustiva.

Se não soubermos quais elementos estão envolvidos nesse processo, o que já é naturalmente complicado pode levar a uma paralisia que nos impede de manter o controle sobre nossas vidas.

E isso é muito mais comum do que se imagina. De fato, para a maioria das pessoas, é muito mais fácil se omitir e deixar que “tudo se resolva sozinho”. Mas as consequências dessa decisão (sim, não decidir é uma decisão) são as mais graves.

Neste artigo, você vai entender em detalhes que consequências são essas, além de descobrir quais fatores fazem parte do processo decisório. Então, continue a leitura e aprenda por que é importante educar seu cérebro para tomar decisões difíceis e como fazer isso da maneira correta

O que são decisões do ponto de vista cerebral?

Pare por um instante e observe a sua vida. Vá até o espelho e dê uma boa olhada na figura daquela pessoa. Pense nos seus amigos, no seu trabalho, nos seus hobbies. Pois bem, tudo isso é resultado de decisões que você tomou no passado. 

Se você não tomou nenhuma decisão conscientemente, eu posso imaginar o que você vê. Afinal, não tomar decisões, fáceis ou difíceis, já é uma decisão. 

Mas, se omitir é a pior de todas escolhas, porque a ausência de decisões conscientes te torna refém de qualquer estímulo, e isso é muito perigoso. 

Sem gestão de si mesmo, o cérebro apenas reage, como um animal, e o resultado inevitável disso é um indivíduo do grupo dos 99%, viciado em prazeres imediatos, sem perspectiva, deixando a vida passar.

Portanto, do ponto de vista cerebral, decisão é tudo aquilo a que você submete seu cérebro de maneira consciente.

Quando alguma coisa acontece e você precisa escolher uma direção, aquilo que determina o rumo da sua história é uma decisão. Nesse caso, escolher seguir um caminho significa, necessariamente, escolher NÃO seguir os outros disponíveis.

Isso pode parecer óbvio à primeira vista, mas muita gente “decide não decidir” na esperança de preservar o melhor de todas as alternativas, até que algo aconteça para que ela se livre da responsabilidade de fazer escolhas.

O problema é que quem age assim não compreendeu que é impossível se livrar dessa responsabilidade. Para o cérebro, toda ação ou omissão é resultado de um processo deliberativo. Isso é decisão. Pode não ser consciente, mas é uma decisão.

Uma pessoa pode, sem perceber, assumir o papel da vítima, deixar-se sofrer sob a pressão das circunstâncias e usar tudo isso para argumentar uma necessidade de reparação… Mas para o cérebro, isso tudo é uma decisão.

Em outras palavras, se é possível agir diferente, mesmo contra a sua vontade, mas você não age, é porque assim você decidiu.

Por que educar o cérebro a tomar decisões difíceis?

O processo decisório é fundamental em nossas vidas. Estamos constantemente tomando decisões, a cada segundo, a cada pensamento. Tudo o que você vê, ouve, come, pensa, fala, tudo é parte de um complexo processo de deliberação que constrói seus padrões cerebrais.

Se você não está consciente disso, se não é você quem determina as respostas que você dá a cada estímulo que surge para você, em suma, você não controla nada em sua vida.

Nesse caso, tudo o que acontece com você é consequência de um movimento automático, que te leva sempre para o que é mais fácil e menos doloroso.

Quem vive assim é regulado pelo ambiente, sujeito às forças externas. Nem mesmo o que entra em sua boca a pessoa consegue controlar. Quando algo gorduroso e cheio de açúcar está à disposição, a pessoa vai lá e come. 

E, se sente cansaço, a pessoa se joga no sofá e fica lá assistindo séries, sem nunca suspeitar do efeito que uma “tela que pisca luzes” tem no seu futuro.

Se uma tarefa é difícil de ser concluída, a pessoa se distrai o tempo todo até finalmente desistir, porque o cérebro não gosta de desconforto, e a vida de uma pessoa assim é governada da maneira mais primitiva possível.

O problema é que se entregar a esse estilo de vida, sem gestão nem consciência, produz graves consequências. 

O indivíduo que se submete aos prazeres de curto prazo e evita até as menores dores não pode construir nada valioso. Batata frita, redes sociais? Lógico! Academia, estudar inglês? Nhé…. 

É quando o indivíduo olha para si, depois de uma vida desperdiçada em procrastinação, ansiedade, má alimentação, falta de foco, sedentarismo e outros padrões cerebrais destrutivos, que ele se pergunta “o que foi que eu fiz de mim?”

Portanto, mais do que apenas aprender como treinar o cérebro a tomar decisões difíceis, é fundamental se educar para tomar qualquer decisão. Afinal, até mesmo as palavras que você diz para as pessoas com quem você se relaciona podem alterar o seu futuro.

Quais fatores estão envolvidos no processo decisório?

É verdade que ninguém sabe o que vai acontecer no futuro. Porém, as possibilidades imagináveis têm um peso muito importante no momento de uma decisão. 

Só que, além dessas variáveis, existe ainda uma série de elementos que participam do processo decisório, o que torna qualquer decisão uma tarefa muito demandante.

Quando não entendemos o que acontece em nosso cérebro, não temos a menor chance de criar o contexto ideal para facilitar uma tomada de decisão.

De fato, o cérebro consome muita energia para decidir mudar. Se você não tem clareza das alternativas disponíveis, tudo se torna ainda mais complicado. Por isso, as crenças que você tem sobre o futuro são fundamentais na hora de tomar decisões difíceis. 

Mas é só isso que conta? Não. A opinião das pessoas importa, o que você sente importa, seus sonhos importam (para os 99%, os sonhos deveriam importar muito mais).

O fato é que o trabalho que o cérebro tem que fazer para escolher a melhor rota de ação custa muito, por isso é difícil tomar decisões, principalmente quando são decisões de maior impacto na sua vida, como mudar de carreira, mudar de cidade, terminar um relacionamento, comprar uma casa etc.

Porém, para os 99%, decisão é um processo completamente inconsciente. Em geral, a única decisão que tomam conscientemente é “esperar”, ou “não decidir”, como já vimos. 

Livre arbítrio e o controle sobre suas decisões

Em última instância, não decidir significa entregar o controle da sua vida a qualquer estímulo que aparecer. É o famoso “deixa a vida me levar.”

Pessoas assim muitas vezes acreditam que vivem o ápice da liberdade. “Eu faço o que eu quero, não me prendo a nada”, mas esse é o maior dos enganos. 

Afinal, não é ela quem decide nada, são os estímulos que conduzem suas ações, exatamente como um animal que foge quando tem medo, que come quando tem fome e que se reproduz quando chega o momento do acasalamento.

Não há qualquer manifestação de livre arbítrio, porque a pessoa não arbitra sobre nada. Ela compra um livro porque o influenciador digital apareceu fazendo uma propaganda chamativa. 

Depois ela começa a ler e sente preguiça. Então para, resolve comer qualquer besteira, assistir a uma série. Sempre assim, buscando prazeres imediatos e evitando o menor sinal de desconforto.

Uma pessoa nessa condição não tem qualquer domínio sobre si. Ela acha que vive em liberdade, mas está presa aos padrões que nem sabe que tem. 

Se estrear uma nova série na Netflix e todo mundo começar a falar sobre ela, eu tenho certeza o que essa pessoa vai decidir: assistir à série, junto com os outros 99%. 

Como eu sei disso? Porque o padrão define o que a pessoa fará, não a vontade dela. A pessoa que não tem gestão das próprias decisões é uma pessoa extremamente previsível.

Ela até queria ir na academia, estudar mais, ficar mais com os filhos, ter um tempo para seus amigos, mas não importa o que ela quer. Isso fica pra depois.

Agora pense em alguém de alta performance. Imagine qualquer pessoa que você conheça ou que acompanhe pela internet e que você sabe que tem verdadeira gestão de si próprio. 

Quando uma pessoa assim se sente cansada, o que será que ela faz? Eu não tenho nem ideia! Não é o inconsciente primitivo que conduz as ações dessa pessoa, é ela, sua consciência, aquilo que ela quer alcançar.

Isso sim é livre arbítrio! Alguém que não consegue decidir diante de um impulso qualquer é alguém que está aprisionado em uma conduta totalmente reativa, sem capacidade de deliberar sobre as próprias ações.

Por isso, para os 99%, tomar decisões é uma tarefa ainda mais difícil do que deveria ser, porque eles não conhecem seu processo decisório, não sabem estimular o cérebro a focar nas alternativas disponíveis e só direcionam a atenção para o que não querem.

Como tomar decisões difíceis?

Só existe uma maneira conhecida de tomar as rédeas do processo decisório e determinar, a cada momento, qual será sua conduta em toda e qualquer situação. A única maneira é trazer a consciência para o processo. 

É você, conscientemente, que deve dizer o que vai ou não vai acontecer na sua vida. Mas isso tem um preço.

Se o processo de decisão é complexo e consome muita energia, você precisa entender como tudo acontece para que você possa retirar a carga negativa que torna tudo ainda mais difícil. 

Você precisa se dedicar a estudar e conhecer sobre o seu cérebro. É isso que vai te dar verdadeiro controle sobre as suas atitudes.

Somente quem tem domínio de si mesmo pode decidir os resultados que quer produzir hoje, amanhã, daqui 1 ano ou daqui a 10 anos. 

Como eu sempre digo, nós somos resultados dos nossos padrões cerebrais. Quando você cria seus padrões, seus padrões criam você.

E, depois que você fizer essa limpeza, você precisa aprender como usar esse espaço para construir novos padrões, os padrões que você realmente quer viver, com os resultados que te deem orgulho de ser quem você é.

Tenha clareza do que você quer

Para tomar uma decisão, clara, consciente, lógica, você precisa entender o que está em jogo. É fundamental ter clareza do que você não quer, mas acima de tudo, você precisa saber o que você quer.

Muita gente faz, por exemplo, intercâmbio, mas não sabe por quê. Se alguém perguntar, ela sabe por que ela saiu do país, os medos que ela tem, o que ela não quer que aconteça, mas ela não sabe o que está buscando. Em resumo, ela só está fugindo. 

Você precisa ter clareza do que você quer alcançar para tomar a decisão correta diante das alternativas disponíveis. Afinal, tomar decisões já é naturalmente difícil, o cérebro já consome muita energia nesse trabalho de deliberação. 

Se, então, você deposita uma carga negativa, o cérebro eventualmente dispersa sua atenção e te tira do desafio de decidir.

Assim, a pessoa fica esperando uma oportunidade melhor, outro momento, deixa para depois e, no fim, a decisão foi não decidir nada e seguir reagindo a qualquer estímulo que aparecer.

Então, a consciência deve participar do processo decisório? Com certeza. É importante saber o que você não quer? Sem dúvidas. Mas principalmente, você deve saber o que você quer e direcionar sua atenção para isso.

Ou seja, na hora de tomar uma decisão, você precisa purificar seu processo decisório daquilo que não é relevante, daquilo que apenas contamina o trabalho que o cérebro tem que fazer para determinar a melhor rota de ação.

Elimine as fantasias e lide com o que é real

Lembre-se: o processo decisório é naturalmente difícil. Toda mudança assusta, o desconhecido é desafiador. 

Mas é exatamente isso que você deve treinar seu cérebro a buscar, novos resultados, progresso, domínio sobre a sua realidade. Você escolhe o caminho, e no caminho, lida com novas transformações, tomando novas decisões.

Então foque no que você quer. Escolha dar ao cérebro as opções que fazem sentido e elimine tudo o que não entra na equação. 

Esqueça o que você não quer ou como o mundo deveria ser. O mundo não é como desejamos, as pessoas não agem de acordo com nossos valores e algumas coisas podem ser perdidas para sempre se não tivermos consciência do que estamos fazendo. 

Por isso as decisões são tão importantes. Elas determinam nosso futuro, nossos resultados e a pessoa em que vamos nos tornar. 

Se algo é assim tão importante, devemos ser inteiramente sérios durante o processo e não permitir que nenhum pensamento se volte para fantasias. Só o real importa, só aquilo que pode ser transformado.

Não deixe ao acaso o que acontece na sua vida. Você tem o poder de escolher os caminhos que você vai seguir. 

Escolha. Decida, conscientemente, quais serão seus resultados daqui para frente e treine seu cérebro para observar somente as rotas possíveis, que te levem ao que você quer conquistar.

No momento em que você aprender a considerar o que você quer e o que não quer de maneira objetiva, sem dar espaço para “como o mundo poderia ser se as condições fossem diferentes”, tomar decisões difíceis vai ser um processo muito mais leve.

Agora que você sabe como ajudar seu cérebro a tomar decisões difíceis, vale a pena conhecer um fator determinante para a qualidade das suas decisões: CONFIANÇA.

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